Nathália mostra algumas camisas da sua coleção: "Espero um manto lindo esse ano e vou querer comprar logo" |
O amor pelo Fluminense vem de berço: filha de tricolor, a jornalista capixaba Nathália Torezani cresceu num ambiente verde, branco e grená.
Aos 37 anos, a menina de Barra de São Francisco, que vive na capital Vitória, continua carregando o estandarte da paixão pelo Flu.
Nessa entrevista, ela nos conta algumas das maiores emoções que teve com o Retumbante de Glórias: seus ídolos, jogos inesquecíveis e, claro, a expectativa para a temporada 2016.
Como você se interessou pelo Fluminense e com que idade?
- Na verdade, o Fluminense sempre esteve na minha vida, de forma natural, pois meu pai torce para o Flu. Então, eu sempre fui Fluminense. Além disso, quando eu era criança, morava em uma vizinhança com vários tricolores, o que só ajudou a ratificar a paixão.
Fale sobre seus jogadores preferidos, seus ídolos do Flu?
- No Flu, quando mais jovem, adorava o Ézio (nosso Super Ézio!), o Marcão e o Sorlei. Quando fiquei mais velha, adorava Thiago Neves e Conca. E, desde que entrou no clube, admiro muito o Fred. Mas o meu maior ídolo no Fluminense é Thiago Silva. Lamento não ter visto a Máquina Tricolor (dos anos 80) jogar, mas era muito jovem e a gente não tinha acesso aos jogos. Faço uma menção honrosa a Renato Gaúcho, pelo maravilhoso gol de barriga.
À esquerda, um momento emocionante: encontrar seu maior ídolo, Thiago Silva. Ao lado, com Fred: alegria total! |
Você assistiu àquele famoso Fla x Flu , de 1995, que ficou conhecido pelo Gol de Barriga do Renato Gaúcho?
- Assisti, claro! Estava em um clube com uma amiga, primas e um amigo do meu pai. Como torço de forma nada discreta, quando o Flamengo empatou (2 x 2), um flamenguista surgiu do nada, colocando o dedo na minha cara e gritando: “É campeão”. Fiquei possessa, mas na minha. Eu confesso que não vi o gol de barriga ao vivo, pois o amigo do meu pai se envolveu em uma “quase briga”. A maioria, eu incluída, estava olhando para a discussão, e só me lembro de sentir um toque no meu braço da amiga que estava comigo – olhei pra ela, que apontou para a TV, que exibia o "R" de replay piscando e aquele gol sensacional. Foi uma comoção, um êxtase! E, claro, achei o flamenguista, coloquei o dedo na cara dele e gritei: “É campeão”!
Qual o jogo mais emocionante do Fluminense a que você já assistiu?
- Além do Fla x Flu de 95, o jogo Fluminense x São Paulo, pela Libertadores de 2008.
Existe aí em Vitória algum POINT tricolor para vocês assistirem aos jogos do Fluminense?
- Existe, sim. Eu conheço o bar Buana Tricolor, que fica na Rua da Lama, no bairro Jardim da Penha. Mas eu confesso que prefiro assistir as partidas em casa, pois xingo muito e torço de uma forma bem ostensiva. No entanto, nas últimas duas conquistas do Flu pelo Brasileiro, fui para lá após os jogos. Pode haver outros points, mas eu não conheço.
O que você acha do Projeto Sócio Futebol?
- Das informações que tenho, acho que projeto é interessante para quem mora no Rio e tem acesso com frequência aos estádios em que o Flu joga, como o Maracanã – aliás, ver o Fluminense jogar nesse estádio é uma experiência única! Ainda não consigo ver vantagens concretas para mim, que moro fora.
Comigo e Noira, em tarde de encontro amigo, no Maracanã, ano passado. |
Qual a sua expectativa pela nova camisa do Fluminense?
- Como sempre, espero um manto lindo, que vou querer comprar logo!
Qual a sua expectativa para o ano de 2016?
- Nelsão, o Fluminense não convence desde 2013... tem se mostrado uma equipe apática, sem interesse pelas partidas na maioria delas. Até o momento, a exceção foi o último jogo contra o Cruzeiro. Mas, tentando ser uma torcedora otimista, espero que tudo se ajeite e possamos, quem sabe, brigar pelo título do Brasileiro, e não para não cair. Afinal, na minha modesta opinião, no papel, o time do Flu não deixa a desejar em relação aos de outras esquipes este ano. Mas, na prática, a coisa está difícil de ver...
Você também acredita que 2013 ainda não acabou?
- Acredito que, em parte, realmente parece não ter acabado. Parece que o trauma daquele rebaixamento, que não ocorreu porque fomos “salvos pelo gongo”, ainda está presente na equipe, que, como disse antes, às vezes se apequena e parece desinteressada em relação à sua única obrigação: jogar futebol.
- Fala, galera tricolor! Apesar dos últimos anos de um Flu frio e apático, vamos continuar torcendo para que nosso amado time possa tomar o rumo certo este ano.
Acredito que essa mudança possa ocorrer com a troca de treinador, já que estamos prestes a ter um nome anunciado. Espero, sinceramente, que venha alguém de qualidade, que coloque aquela homarada para trabalhar, porque tá osso!
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Imagens: NathaliaTorezani\Arquivo Pessoal