quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Entrevista com o polêmico MR

Tive o maior orgulho em fazer essa entrevista com o famoso e polêmico MR.

Meu nome é Marcio Luiz Domingues Rocha, mas os amigos me chamam de MR. Já os inimigos, de um palavrão muito feio que não ouso repetir, já que abomino o uso de palavras de baixo calão. Tenho 58 anos de idade, formado em Pedagogia, com pós-graduação em Administração Escolar e sou servidor concursado do TJRJ, lotado no Fórum Central. Minha posição política é a mesma de Aristóteles, que disse “sejamos amigos de Sócrates e de Platão, mais ainda, porém, da verdade”. E a verdade é que todos esses miseráveis, que se denominam políticos em nosso país, podem ser chamados de toda sorte de coisas ruins, mas não podem ser chamados de políticos. Meu hobby? Sacanear as pessoas (adooooorooooo!!!), mas com todo respeito.

1. Como começou sua paixão pelo Tricolor?
R. First of all, sou apaixonado apenas pela minha mulher, pelos meus filhos e pelo meu daschund. Torço pelo Fluminense moderadamente, mas quando ele perde um jogo, sinto ímpetos assassinos, se é que você me entende. Quando eu tinha por volta de dez anos, nos idos de 1968, assisti ao VT de um FlaxFlu. O framengo jogava com a sua tradicional camisa de macumba e o Fluminense com a nossa camisa branca e imaculada, a mais bonita do mundo. Chovia a cântaros no Maracanã e o placar final acusou, se não me engano, 3x2 ou 4x2 para o Tricolor das Laranjeiras, num jogo memorável. Dentre os jogadores em campo, um se elevou entre todos os demais, o único cujo uniforme não foi conspurcado pela lama das inúmeras poças do gramado castigado pelo dilúvio. Ele flutuava, estava em todas as partes do campo, fazia gols, driblava, passava a bola sem precisar olhar para ela, sempre com a cabeça erguida para o ponto futuro, onde encontrava o companheiro melhor posicionado. Não tinha um estilo de jogo: era ele a elegância do jogo em forma humana. Tinha vários apelidos, dentre eles o de Pelé Branco e o Rei da Catimba. Sim, eu torço pelo Fluminense porque um dia, neste dia, eu vi jogar (e fazer literalmente chover) esse gajo da camisa dez, de nome Samarone.

2. Começou a frequentar o Maracanã com que idade?
R. Sou torcedor de sofá, brother! Nunca fui a um jogo oficial no Maracanã. Mentira! Fui a um único jogo, em 1976, um FlaxFlu, claro, a Máquina contra os mulambos do então novel Zico. O Fluminense ganhou por 1x0, gol do Paulo Cesar Cachaça, digo, Caju. Detestei a experiência da arquibancada (muita gente suada, uma gritaria ensurdecedora, um calor do c#ralho. Sou sensível demais para enfrentar isso!) e nunca mais fui.

3. Qual o jogo mais emocionante que você assistiu ao vivo?
R. Vide a resposta acima. Não posso dizer que o jogo foi emocionante. Não consegui ver os lances de perigo, porque quando aprendi que tinha que levantar nesses lances porque todo mundo à minha frente levantava, o jogo já estava a terminar. Não me emocionei, pelo contrário, fiquei p#to, porque sempre os v#ados ficavam de pé: não vi o gol, não vi os lances de perigo, enfim, foi um lixo.

4. O que você tem a falar sobre a Máquina Tricolor?
R. Na verdade, há duas máquinas diferentes: a de 1975 e a de 1976. A de 75 era superior. O Manfrini era o centroavante e formava uma dupla inigualável com Rivelino. Por ter passado a jogar de costas para os zagueiros, nosso camisa nove apanhava muito e vivia contundido. Em 76, Horta fez o troca-troca, mandou Manfrini para o Botafogo e trouxe PC Cachaça e Marinho Pitu, dentre outros pinguços. Fortaleceu a fama, mas enfraqueceu o conjunto do time. Mesmo assim, como a base de 75 continuou, fomos campeões cariocas de novo e voltamos a ficar no mesmo lugar do brasileiro do ano anterior. Uma pena não termos sido campeões brasileiros com uma das duas Máquinas. O Rivelino merecia: ele era a alma das duas.

5. E sobre o famoso gol de barriga de Renato Gaúcho em 1995?
R. Um dos gols mais feios, talvez o mais ridículo, que eu vi em quase cinquenta anos acompanhando futebol. Valeu pelo título carioca sobre um rival que tinha um time superior e era favorito e só por isso tem um valor imensurável. Mas o gol em si e seu autor, desculpem, não valem a lembrança. Aliás, a exaltação dessa desgraça de gol pela torcida tricolor, só confirma a crença que tenho de que ela é formada, em sua grande maioria, de retardados mentais com problemas de aceitação familiar.

6. O que ficou depois da belíssima campanha do Flu na Libertadores de 2008?
R. A certeza de que Renato Gaúcho entregou a rapadura para a LDU no último jogo, ao determinar ao time que levasse o jogo para os pênaltis, confiando em sua estrela, sua sorte. Se o Fluminense não tem uma Libertadores em seu currículo, isto se deve principalmente a Renato Gaúcho e seu cérebro de crustáceo, porque a de 2008 estava ganha e ele a perdeu diante de um Maracanã lotado de tricolores.

7. Você é conhecido nos blogs e sites por seu humor ácido, às vezes lhe causando problemas. Algo a declarar?
R. Não. Já basta o Imposto de Renda.

8. Já sofreu alguma retaliação por causa de seus ditos engraçados como ameba, mariquinhas e outros?
R. Não porque amebas e mariquinhas não retaliam, eles formam uma longa fila para me dar p#rrada e nela permanecem ad eternum. Não passam de amebas e de mariquinhas, não necessariamente nesta ordem.


9. O que você acha dos blogs e sites tricolores?
R. Salvo raras exceções, são comentaristas de resultados, como a maioria dos profissionais da imprensa que trabalham nesses programas de debates esportivos. Fariam todos um grande favor ao engrandecimento do futebol nacional e do Fluminense, em particular, se debatessem suas cabeças contra as paredes, quinas de mesa, o chão ou qualquer outro lugar duro (ai!) o bastante para rachá-las ao meio.

10. Fale sobre a atual situação do Fluminense e sua esperança para o futuro?
R. Ímpetos assassinos me impedem de falar sobre a atual situação do Fluminense. Quanto ao futuro, sorry, não há esperança.

11. Deixe aqui uma mensagem para a torcida tricolor.
R. Vou deixar duas mensagens, para homens e mulheres. Por uma questão de cavalheirismo, às damas, em primeiro lugar: senhoras e senhoritas, num jogo de futebol, é costume se acompanhar a bola, não o calção, o torso ou as pernas dos jogadores. As novelas da Globo se prestam melhor a isso! Aos homens e rapazes: gentlemen, num jogo de futebol, é costume se acompanhar a bola, não o calção, o torso ou as pernas dos jogadores. Deixem de ser v#ados!


Saudações Tricolores


7 comentários:

  1. Aê Nelsão! Vou entrar como uma ação de fraude cominando com falsidade ideológica e terrorismo contra você. Não fui eu que dei (ai!) esta entrevista para você. Quem deu (ui!) foi aquele rapaz alegre do Netflux ou aquele gayzim do Pindorama Tricolor.

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  2. Grande Márcio Rocha.
    Saudades do tempo em que ele escrevia no blog.
    Ele é um gênio.

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